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Malandro do Café

Pedro Bento e Zé da estrada

E fui na cidade encontrei um malandro
Fazenda arruaça na praça da sé
Já tinha batido em diversas pessoas
Pulava na rua igual chipanzé.
Eu nunca levei desaforo pra casa
Também não respeito valente qualquer
Eu não sou japonês, mas dei um karate
Fiz o cara gemer em baixo do meu pé.

O povo da praça saudou, me aplaudiu
E queria saber o meu nome qual é
Tenho sangue puro de índio Xavante
Nascido no mato em rancho de sapé
Eu conhecido por filho de índio
Exijo respeito a onde estiver
E também já bati num valente malando
Que queria ser bom lá no bar do café.

Um dia encontrei esse tal de valente
Bebendo num bar lá no Sumaré
Queria fazer eu beber pinga a força
Pra fazer bonito pra certas muié
Eu passei o pé, o malvado virou
Igual um valente na mão do chofer
Saiu cambetiando pedindo socorro
E foi se esconder lá no Jaguané.

No bairro que eu moro eu sou respeitado
O vizinho d aporta não faz que quer;
Quem quiser topar desaforo comigo
Que venha sozinho e não traga mulher
Eu já encontrei quem foi galo índio
Mas perto de mim virou um ganizé
Quis partir pra briga eu tapei sua orelha
Até hoje não sabe onde foi seu boné.






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