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Caixão De Prata

Pedro Bento e Zé da estrada

Falado:

Uma velha e dois meninos cumprindo o destino seu
Andando pela estrada a fora, mas sempre com fé em deus
Sem morada e sem repouso andando de deu em deu
Desde que seu esposo foi-se embora para o céu.

Cantado

Chegando numa fazenda já no fim da sua vida
Pediu pelo amor de deus quero um prato de comida
E lhe negando a esmola, entrou e bateu na porta
Quando foi no outro dia ela foi encontrada morte

Ele sentindo remorso descobriu seu grande erro
Doou um caixão de prata, fez a ela um grande enterro
Mais quando chegou a noite ele viu em frente a porta
O mesmo caixão de prata que tinha levado a morta.

Tinha umas palavras escritas e com um letreiro forte
Se não me serviu em viva também não precisa em morte
Ele vendo tudo aquilo a Deus quis pedir perdão
Ficou um louco varrido carregando o seu caixão.

Os dois meninos são hoje os donos dessa fazenda
Só que tem esse ditado e a todos recomenda
Se acaso aparecer um homem com um caixão
É o tal de fazendeiro procurando salvação.

Composição: Francisco Lacerda





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