A tempestade há-de passar
Ninguém se esconde
E há quem queira voltar
Venham sereias
Venham lobos-do-mar
A tempestade há-de passar
Pela manhã
As portas têm que se abrir
Ninguém se esquece
Não há quem queira fugir
Voltam cansados
Mas a pé hão-de vir
Pela manhã
As portas têm que se abrir
E há-de haver quem nos queira salvar
Somos destino
Donos deste lugar
Não é o fim!
E uns gritam
E outros dizem:
'Toma conta de mim
Estamos longe do fim
Estamos longe do fundo
Só quero um segundo
Toma conta de mim!
Por este lado
Ainda há p'ra beber
Há quem espere
A vida inteira a correr
Venham os loucos
E poucos se hão-de vender
Por este lado
Ainda há p'ra beber
Trazem histórias
De um sítio melhor
Carregam feridos
Que se hão-de compôr
Voltam inteiros
E por vezes maior
Trazem histórias
De um sítio melhor
E há- de haver quem nos queira salvar
Somos destino
Donos deste lugar
Não é o fim!
E uns gritam
E outros dizem:
'Toma conta de mim
Estamos longe do fim
Estamos longe do fundo
Só quero um segundo
Toma conta de mim!
Venha quem queira ficar
E há ainda tanto p' ra dar
Ninguém rouba este chão
E há lugar p'ra mais
Para os que vêem de longe
E ficam de pé
Ninguém desiste
Que agora é que é!
E uns gritam
E outros dizem:
'Toma conta de mim
Estamos longe do fim
Estamos longe do fundo
Só quero um segundo
Toma conta de mim!
Toma conta de mim
Toma conta de mim
Que eu tomo conta de ti
Composição: Pedro Abrunhosa