Eu que era tão pequeno pra saber
Já podia entender coisas que a minha mãe dizia
Que eu era conseqüência de um amor
E que o silêncio do meu pai, sem querer, sacrificou
Em certa tarde minha mãe andava só
E a tristeza que sentia refletia toda em mim
Do meu mundo, tão pequeno, tão criança,
Eu guardava a esperança dessas coisas resolver
Eu que era tão pequeno pra saber
Já podia entender coisas que a minha mãe dizia
Que eu era conseqüência de um amor
E que o silêncio do meu pai, sem querer, sacrificou
Agora eu lembro aquela sala muito branca
Uma espera muito longa, e uma voz que disse:
“É sua vez!”, minha mãe, não ouvindo os meus apelos
Não sentiu meu desespero, me perdeu sem perceber
Eu que era tão pequeno pra saber
Já podia entender coisas que a minha mãe dizia
Que eu era conseqüência de um amor
E que o silêncio do meu pai, sem querer, sacrificou