P. Diddy, que um dia já foi Puff Daddy, mas na verdade nasceu Sean Combs, é do bairro do Harlem, em Nova York. Em um cenário pobre e perigoso, Puff perdeu o pai quando tinha apenas dois anos. A família decidiu mudar para um lugar mais seguro, Mount Vernon, onde Puff pôde estudar em uma escola melhor. Puff entrou na Universidade de Howard, em Washington, onde ficou conhecido pelas festas que promovia e conseguiu um estágio na Uptown Records, em Nova York.
O crescimento profissional de Puff na empresa fez dele um produtor executivo da gravadora. Ele conheceu o sucesso com os discos de Mary J. Blige e Jodeci, mas Puff queria mais e criou a sua própria empresa, a Bad Boy Entertainment em 1993. Com apenas dois nomes no catálogo, Craig Mack e Notorius B.I.G., o selo conseguiu um acordo grande com a Arista Records para dar suporte aos artistas sem interferir na criação.
O respeito e o sucesso vieram em 1995, quando Notorius B.I.G. tornou-se a grande revelação com o disco “Ready To Die”. Puff começava a trabalhar com grandes nomes do R&B, como Mariah Carey, Boyz II Men, Babyface e Aretha Franklin. O primeiro single de Puff chegou em 1997, “Can’t Nobody Hold Me Down” em parceira com o músico Mase e alcançou a primeira posição da Billboard.
A essa altura, a Bad Boy faturava milhões e os problemas começaram a surgir com a concorrente Death Row Records, de Suge Knight. A rivalidade era confirmada pelas letras das músicas dos artistas dos dois selos. Em 1996, 2Pac, o rapper da Death Row foi assassinado e, embora as suspeitas caíssem sobre a turma da Bad Boy, o crime não foi solucionado. Um ano depois quem aparece morto é Notorius B.I.G..
Puff Daddy ficou transtornado com a tragédia. Passado o choque, ele lançou o single “I’ll Missing You”, baseado na música “Every Breath You Take”, do The Police. A canção era uma homenagem a Notorius e tinha participação de Faith Evans e 112. A canção tornou-se um hit no mundo inteiro e rapidamente era a número um em todas as paradas. Puff apresentou a música ao vivo no MTV Video Music Awards 97 ao lado de Sting. Logo depois, saiu um single inédito de Notorius, “No Money Mo Problems”.
Puff não demorou também para colocar nas lojas o seu primeiro disco, “No Way Out”, em 1997, creditado por Puff Daddy & The Family. Além da boa vendagem, 3,4 milhões em menos de seis meses, “No Way Out” recebeu o Grammy de melhor Álbum de Rap do Ano. Apesar do sucesso, Puff Daddy foi criticado por usar muito samples. Ele se defendia dizendo que era o que ele sempre fez, já que não tocava nenhum instrumento.
Em 1999, ele lançou o segundo álbum solo, “Forever”. Enquanto as vendas subiam, um juiz culpou Puff e Heavy D por terem sido negligentes num acidente que ocorreu oito anos antes. Eles realizaram um jogo de basquete beneficente, que causou a morte de nove pessoas devido à super lotação. Em dezembro de 1999, Puff e a namorada, Jennifer Lopez, foram parar na delegacia depois de um tiroteio em uma boate em Nova York. Ele foi acusado de porte de arma roubada e suborno, mas foi inocentado um ano depois.
A vida de Puff seguiu com prêmios e polêmicas nos anos seguintes. “P. Diddy & The Bad Boy Family - The Saga Continues”, terceiro disco, chegou em 2001 e marcou o novo nome artístico, P. Diddy. Era também um ano para tentar mudar sua imagem. As músicas “Bad Boy for Life” e “I Need a Girl” o colocaram novamente nas paradas. Ele estreou o programa “Making the Band” na MTV, que selecionava novos talentos do hip hop. Além de participar de dois filmes independentes, “Made” e “A Última Ceia”.
P. Diddy já anunciou que o próximo disco, “PD5”, que será lançado no segundo semestre de 2004, será o último de sua carreira. Projetos não faltarão. Ele já protagoniza na Broadway a peça “A Raisin In the Sun”, fez a direção musical de um desfile de moda e correu na tradicional maratona de Nova York (em prol de crianças). P. Diddy ainda tem tempo para administrar a Sean John, sua bem sucedida grife de roupas, uma linha de perfumes e se divertir nas festas cheias de glamour que ele promove.