Pelo engarrafamento eu vejo o mundo
Cheio de pessoas e sinais
Muitos não enxergo, se atropelam
São lançados contra o muro
Outros sentem sede, bebem
Atropelam muito mais
Já estive num acidente, capotei
Parei num canavial
Trens são colocados a serviços
Trem não tem mais
Fecho os olhos sinto
As paredes do meu quarto
Sinto seu compasso
Sinto sua respiração
Não diga que fui eu que voei
Não diga que fui eu que voei