“Bastião era meu filho, Dita era minha mulher, que morava onde eu morava, no
morro do Marapé, mesmo num tendo dinheiro, nóis vivia tão feliz, nisso chega
um engenhero, se vira pra nóis e diz, vocêis têm que se mudá porque, O morro
vai desabá.
Dita chorô, chorô, mais num se acovardô, ela disse: corrê, num corro, onde é
que nóis vai morá, se num fô aqui no morro?
Duas semana dispois, eu saí pra trabalhá, num sabendo, na vorta, o que eu ia
encontrá:
O barraco que tava lá em cima, veio pará aqui no chão, e no meio dos
destroço, eu vi o paletó do Bastião...
Fechei os óio pra num vê, dispois saí a corrê, só parei lá numa curva, pra
olha pra trás e dizê:
- Adeus Marapé, adeus Marapé, que levô meu filho, e também minha mulhé, adeus
Marapé, adeus Marapé, vô pra junto deles, quando Deus quisé...