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Uno

Osvaldo França


Sei que na comédia desta vida
Muitas almas mal unidas
São farrapos do destino
Sei que a sua boca perfumada
Em delírio desejada
Sempre é onde me declino
Sei que colorida em nós transita
Um somente coração
Que nunca desejou ser parasita
Aos olhos da febril desilusão
Vibra ao compasso da saudade
No que está desesperado
Porque tem felicidade
Pois ele é o poeta apaixonado
Desta canção

Porém, se os nossos corações
Parar de amar um dia
Envolto nestas tentações
Que chama hipocrisia
Preferia qual covarde
Que o suícidio da saudade
Nos matasse de repente
Por que sei que amargurado
Nossa sombra do passado
Era um sonho indiferente

É tão divino o nosso amor
Que mal conjuga a dor
Pois os nossos corações
Mal cabem de contentamento
É um relógio de paixões
Feliz e sem tormento






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