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Terra Que Canto

Osvaldir e Carlos Magrão

Pra amar a terra que canto não precisa que me mande
Eu nasci lá na fronteira, coração do meu Rio Grande
Sou esta voz bem crioula que nasceu sobre o aboio
Do upa-upa brasino que ali no mais é o arroio.

O moço cá na cidade a sua origem contesta
Não gosta de ver bombacha, chapéu quebrado na testa
Não importa o que lhe digam, ou que de mim achem graça
Sou guasca e orgulho tenho da origem da minha raça.

E tu chinoca morena das ancas bem retovadas
Das tranças bem renegridas, e olhar de corsa assustada
Se chegue junto ao meu peito, venha sentir meu afago,
Venha sentir como eu sinto, vibrar a alma do pago.






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