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Pegá Pra Capá

Os Tiranos

Tiradeira, rédea e bocal, cabresto maneador e sovéu
São cordas que me sustentam de barbicacho e chapéu;
Sogueiro, coludo, gavião, cabano, bocudo e bagual
São pingos da minha balda que às vezes cago de pau.
mato o rango, barba de pelego, bochincheiro muambeiro e pachola
Eu faço garrar valor nos ferros das minhas esporas.

Falado:

- Tem cada tipo metido a calaveira, mais metido que cebola em salada de fruta. Quando eu pego pra capar, com uns troco pela volta, a gauchada fica que nem água de poço só esperando o estouro do balde.

Cantado:

Bugrada, buenacha e grongueira, gaucha dos quatro costados
São crias da mesma cepa rengueando do mesmo lado
Chibeiro, fronteiro, paisano, guapo de alma e peleia
São todos lindeiros de campo que leva e traz da fronteira
No fundo de uma invernada metido no mato sem cachorro
A coisa anda mais apertada que boi em tropa de touro.

Falado:

- Abriu a boca do brete, ataca as éguas Danúbio véio

Cantado:

Violão, gaita, pandeiro; fandango tasca e galpão
É tudo pra um índio campeiro nunca afrouxar o garrão
Xergão, carona e lombilho, freio pelego e badana
Arreios de lida e serviço e às vezes serve de cama
Pilchado pra tal dominguiera me agrada botar na mesa
Pra qualquer copla de campo com pingo sonando nas ventas

Falado:

- Bueno como quem vai pras pitangas maneado que nem cordeiro par esquíla. Eu vou me arrancando mais faceiro que mosca em tampa de xarope, por quem me matéria de mulher bonita eu sou que nem alpargata, sirvo tanto pra um pé, como pro outro. E segue o baile gauchada.






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