É triste matear solito rodando quartos de lua
Um ceu ponteado e bonito, um vento que vem da rua
E o tempo passa ao tranquito trazendo saudades suas.
Meus mates são diferentes não correm de mão em mão
Tem gosto de amor ausente, tem ervas de solidão
Velhas lembranças que a gente não tira do coração.
Por coisas sem importância, por falar sem ter pensado
Eu sofrenei tuas ânsias de viver sempre a seu lado,
E agora sofro a distancia sorvendo um mate lavado.
Se tenho alma aragana se nunca ergui o meu ninho
É porque que achei buerana a vastidão dos caminhos,
Mas arde em mim esta chama de ter que matear sozinho.