- Noite branca... cheia de silêncio gelado...
Por cima da quincha
A lua alvejando a pampa...,
No "Quarador" dos potreiros.
- O bocejo do galpão,
Engoliu a indiada!...
E agora, está ruminando...
Com prosa, sonho e guitarra!...
O resto, é com as barras da madrugada!...

Tens corpo de mata virgem,
No som da seiva selvagem
Pintando a querência nua,
Se derramando em saudade...

Berço feito em madeira,
Vertente de mil canções
Falquejador de emoções
Sol de raiz mineral!...

Corre aroma vegetal
Asas no encantamento
Deixando ondas no pasto
Rio molhado de vento...

Da sanga se fez chaleira,
Do sol um fogo de chão,
Do tempo se fez lembrança,
Da noite se fez galpão!

E o canto desta guitarra,
Sem divisas de aramado,
Se fez chasque de recado,
No misticismo das raças!...