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Surungo de Campo

Os Serranos

As bailanta atada deste meu Rio Grande
O fole e o sangue vem ajoujaditos
Trejeitos de taura vão riscando a sala
De forma baguala mantendo o tranquito

Segue o sarandeio entre a polvadeira
Na raça campeira de fibra presente
E as chinocas altivas vão entreveradas
Até a madrugada na alma da gente

(Surungo de campo, velho chão batido
Um sonho curtido pela tradição
Dê-lhe passa o mundo, dê-lhe passa o tempo
Mas na voz do vento, tu não passas não)

Quantas invernadas de ânsias manheiras
Vem nas tinideiras balança o candeeiro
O gaúcho sabe que a alma canta
Quando sua estampa vem fazer luzeiro

Para toda vida este chamamento
É um mandamento no peito de um peão
O baile gaúcho é a pura identidade
De uma verdade em nosso coração

Composição: J. A. Preto / M. Agnoleto / P. Neves





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