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Saudade Amarga Dos Mates

Os Serranos

Meu mate ficou amargo e as tardes mais compridas
Saudade calçou esporas por se cansar dessa vida
As noite deitam em silêncio, trazendo luas de outono
E o rancho adormece quieto no mais completo abandono

Triste no rancho solito, mateando na tua ausência
Chega amargar a palavra, judiando minha existência
No lugar dos nossos sonhos que apontavam um só caminho
Hoje só restam lembranças pra quem mateia sozinho

A tarde nubla meus olhos, ofuscando as belas cores
Tal qual garoa guasqueada que castiga os corredores
Trazendo os frios do inverno pra um templário coração
Que adormece amargurado por cansar da solidão

As horas se passam lentas na preguiça dos ponteiros
E um galo recita versos, poema de amor campeiro
Parece cantar teu nome, por conhecer minha dor
E sabe que o tempo é curto pra quem vive de amor

Composição: Paulo Ricardo Costa / William Hengen





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