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Num Bugio

Os Serranos

O choro da gaita cruzou pela sala embalando nós dois
Trazendo nas notas a simplicidade de um velho bugio
O tempo parou que até parecia não ter um depois
E em nossos olhares brotaram candeeiros que mais ninguém viu
Aquela cantiga não tinha nos versos palavras de amor
Mas em meus ouvidos soaram acordes de felicidade
Na noite serrana o frio deu lugar em meu peito ao calor
Por isso até hoje se escuto um bugio já me mate a saudade

Na porta dor ancho com um lindo sorriso pedindo um abraço
Me espera com um mate cevado a capricho e muito carinho
Aquele que um dia num bugio antigo seguindo meus passos
Me deu a certeza que eu não tenho sina de matear sozinho.

A nossa historiar aquém sabe não seja a historia mais linda
Que uniu duas vidas no mesmo desejo de uma convivência
Porem para mim nossa historia de amor o tempo não finda
Pois só seu carinho e da sua bondade fiz minha querência.
Nos mates de aurora olhando a pessoa que a vida me deu
Eu sempre bendigo a mais pura cadencia do sul do pais
Não sei se foi sorte, destino ou coisa escrito por deus
Só sei que dançando um bugio encontrei quem me faz tão feliz.

Composição: Dionisio Clarindo da Costa





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