No sebruno estreleiro eu me fui de pago em pago
Uma guampa de cachaça em cada sesteada um trago
Mas o vento minuano batia as franjas do pala
Fumo bueno e palha boa e um charquezito na mala
Quando a noite me tapava com o poncho da escuridão
Vinha a Lua repontando estrelas num sinuelo de clarão
Nas estâncias que passei domei muito, fui peão
Carretiei, fiz alambrado e fui bueno na marcação
Em tropeadas fui ponteiro vaqueano no corredor
Meu sebruno sempre atento pra algum boi disparador
Mas a geada do tempo me vem branqueando os cabelos
Hoje só resta a lembrança na minha mala dos pessuelos