Meu zaino meio assustado saiu perdendo os areios
E fugiu em disparada foi um tombo dos mais feios;
Tentei segurar o bicho, meu esforço foi em vão
Rompeu peiteira e rabiço e saiu escravando o chão.
Não tem nada que levanta, dá-lhe boca e pega a estrada
Pois só não cai quem não monta na vida, venta rasgada
Não há rodada mais feia, nem queda mais desastrada
Do que frouxar-se do pingo na frente da namorada
O índio vermelha a crista, da de redea e perde o rumo
Se atira de contra a cerca que nem gado pra consumo
Meu flete é manso de rédea, não foge de marimbondo
Mais se ouve guizo de cobra, se nega e esparta o tombo
Um ginete que se presa conta com a fibra e com a sorte
Só vou deixar de montar com a rodada da morte.