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Taura do Rio Grande

Os Monarcas

Cresci gineteando potro esporiando nas paletas
Índio xucro e bom de doma se conhece nas rosetas
O meu trançado a preceito corta o vento e beija o céu
E a gauchada buenacha vê que ele tira o chapéu.

Sou mescla de chão batido com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo que forja a vida de um peão

A invernada lá do fundo patrão deixa pra mim
Pois sabe que neste braço, que te inicio tem fim;
A tropa escolhida a dedo sempre ele quer que eu comande
E é assim que este taura vai empurrando o Rio Grande.

O peso macho dos ombro e a galhardia do guapo
Ta na cara do serviço o dia a dia que passo
Não nego empreitada brava, encaro qualquer parada
Quando o sol vem dar bom dia já to no meio da estrada

Este dom que Deus me deu eu herdei do meu avo
Não é atoa acha um mico e a coragem ta onde eu to
Se você quer ir pra frente com orgulho de progredir
Olhe um pouco para traz que saberás onde ir.

Composição: Álvaro Feliciani / Gildinho / João Alberto Pretto





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