Esse é o meu Rio Grande, Tchê,
Esse é o meu Rio Grande, Tchê;
O lugar onde eu nasci
A onde eu vivi e quero morrer..!
Com seu permisso eu saco o sombreiro
Boleio a perna e lhe dou oh, de casa
Sou do Rio Grande e digo com orgulho
Que eu sou peão dessa terra amada.
E quem nasceu nessa querência
Tem a vivência dessa tradição
De madrugada quando canta ao galo
Traz o cavalo e faz um chimarrão.
De sol o sol o que vier eu faço
O velho laço trago desatado
É no domingo que eu monto meu pingo
Na casa da prenda que é a flor do meu pago.
Bombacha larga, lenço no pescoço
Sempre disposto eu ando prevenido
Espora e mango pra uma gineteada
Uma prateada pra enfrentar o perigo.
Uma fivela que é de prata e ouro
Que foi herança do meu velho pai
Um tirador de couro de pardo
Que esta bordado suas iniciais.
E quando hasteio o pavilhão sagrado
Eu canto o hino de chapéu na mão
Honrando a historia do meu bisavô
Que morreu peleando pelo nosso chão