Essa milonga reacende a brasa quase apagada do meu coração
Companheirona pela madrugada nessa geada de rachar o garrão
Clareia o dia no cantar do galo sai a cavalo por entre os banhados
Mas no assobio de algum peão campeiro pára o rodeio e dá sal pro gado
(Essa milonga que na noite se prolonga
É saudade que ressonga dentro do meu coração
Me faz lembrar de uma gaúcha que era bela
Que eu roubei numas carreiras pra morar no meu rincão)
/No cerne puro que não tem mais fim é o camboim brotado na raiz
Faz o feitiço com seus jujos bruxos pra um gaúcho amanhecer feliz
Essa milonga traz pro meu galpão o cheiro bom de maçanilha e poejo
É ressongona e tem a fúria brava da mamangaba voejando o cerro/