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Biografia de Os Monarcas

Aquele que procura a história do grupo musical OS MONARCAS principia uma viagem através do tempo e da própria evolução da música regionalista gaúcha. Depois de tantos anos dedicados à música gauchesca, pode-se dizer que a história do conjunto OS MONARCAS e a história da música regionalista gaúcha são fenômenos indissociáveis, chegando mesmo a se confundir.
Comecemos esta narrativa em 18 de janeiro de 1942, data de nascimento do fundador do grupo: Nesio Alves Corrêa, o Gildinho, como é conhecido. Nascido em Soledade, numa família humilde e numerosa, foi criado em meio às lides campeiras. Muito cedo ficou órfão de pai e talvez tenha herdado dele, que era acordeonista, um irresistível amor à música gaúcha. Com apenas 15 anos este piazito já "arranhava" uma cordeona nos autênticos e saudosos bailes de candeeiro.
Este rapazote, que acalentava sonhos de vitória, em 1961 botou o pé no mundo, deu de rédeas no destino e encontrou paragem em Erechim/RS. Meio acaboclado, mas cheio de determinação, Nesio iniciou, em 1963, o programa radiofônico "Amanhecer no Rio Grande", pela Rádio Difusão de Erechim. Com a audiência do programa, passou a animar pequenos bailes na região, em 1966, o convite para apresentar o programa "Assim Canta o Rio Grande", na Rádio Erechim, que esteve no ar até 1984.
Em 1967 boleou a perna para Erechim o Chiquito, irmão caçula de Gildinho e Herdeiro da mesma paixão pela música. Unindo forças formaram a dupla "Gildinho e Chiquito", que foi o embrião do Conjunto Musical OS MONARCAS. Sem dúvida que a dupla de irmãos gaiteiros passou por momentos difíceis. Durante alguns anos penaram trabalhando exclusivamente em pequenos bailes na região de Alto Uruguai, apresentando diariamente o Programa "Assim canta o Rio Grande" e estudando acordem na Escola de Belas Artes.
Em 1969, apareceu em Erechim um compositor sertanejo em busca de novos valores. Benedito Seviero preparou a dupla "Gildinho e Chiquito" para gravar o seu primeiro disco. Porém, o esperado LP transformou-se numa decepção para a dupla, que viu seus anseios limitar-se a um inexpressivo compacto duplo, que hoje, é amarga lembrança de um tempo em que a música gaúcha encontrava caminhos pouco acolhedores para sua expansão.
Talentos musicais em formação, a dupla de irmãos escreveu sua história com muita dedicação onde, deu-se início ao Grupo OS MONARCAS em 1972. E quando a dedicação é acrescida pela sorte, os resultados são astuciosos. Foi o que ocorreu em 1976, quando num destes acasos da vida em que a sorte bate à nossa porta, três músicos: João Argenir dos Santos - guitarra, Luiz Carlos Lanfredi - contra-baixo, e Nelson Falkembach - bateria, se juntaram à dupla "Gildinho e Chiquito", nascendo então o Grupo Musical OS MONARCAS.
A união destes cinco talentosos músicos resultou harmoniosa, harmonia que à "lo largo" só fez crescer o nome do grupo que em 1978 gravou o primeiro LP (O Valentão Bombachudo) e desde então não parou mais, gravando sucessivamente, com breves intervalos de tempo, pela Gravadora Warner/Continental.
O 11ª CD, instituído "Cheiro de Galpão", destacou-se no cenário musical. Segundo pesquisa editada pelo jornal TOPSON (Cone Empresa Jornalística Ltda), o referido disco foi campeão de vendas no Brasil, dentro os álbuns regionais lançados, vendagem que rendeu ao grupo, em 1992, o 1ºDisco de Ouro.
No LP Fandangueando (8º) estreou a voz de Ivan Vargas, o atual vocalista do grupo, integrado à equipe desde 1985. Em 1990, para substituir o Chiquito - que se desvinculou do Grupo OS MONARCAS para fundar o grupo "Chiquito e Bordoneio" - juntou-se ao grupo o talento de "Varguinhas", excelente acordeonista que tem dado um brilho especial aos fandangos em que toca os MONARCAS. E em 1992, veio somar-se aos MONARCAS a categoria da gaita-ponto do "Chico Brasil", premiadíssimo instrumentista, ganhador de vários troféus (mais de 40) dos rodeios que participou.
O CD, "Eu vim aqui pra dançar", rendeu o 2º Disco de Ouro a este conjunto que também tem em seu currículo uma indicação ao Prêmio Sharp. Na opinião da crítica especializada, no ano de 1996, OS MONARCAS foram os melhores na animação de bailes do sul do país. No último acorde, neste ano, o conjunto ganhou, com o CD Rodeio da Vida, o troféu de melhor disco do ano, com destaque para a originalidade.
No ano de 1997, receberam o troféu "Laçador", como o melhor conjunto de animação de bailes do Rio Grande do Sul. Neste mesmo ano em Setembro, na sede do Clube Operário, em Curitiba, receberam o Troféu de Melhor Conjunto de Música Regionalista do ano.
O ano de 1999 foi um período de muitas novidades para OS MONARCAS, como a mudança de gravadora, da CHANTECLER para a ACIT, a gravação do 1º CD pela nova gravadora "Locomotiva Campeira" e já no final deste mesmo ano podemos contar com presença de Vanclei da Rocha, na percussão, juntando-se ao grupo, com toda alegria da juventude, agradando ainda mais os fandangos por este Brasil a fora. Já no ano de 2000, podemos prestigiar a presença deste maravilhoso grupo gauchesco, num dos maiores programas de TV o "Ratinho", cantando Coisa Irritante do cd "No Tranco dos Monarcas", animando a todos e nos enchendo de orgulho.
No ano de 2001 a gravação do CD "A Gaita dos Monarcas", que causou uma grande euforia aos que apreciam uma boa gaita, imagina só, três gaiteiro, é para deixar qualquer um de beiço caído. E no final desse mesmo ano, a regravação de 23 grandes sucessos no CD 30 anos de estrada dos Monarcas, veio para completar a alegria do povo.
Em março de 2002, um dos prêmios mais esperado, se tornou realidade para este grupo na, 11ª edição "Prêmio Açoriano de Música" da Prefeitura de Porto Alegre em conjunto com a Secretaria Municipal da Cultura, na categoria de melhor grupo da música regionalista do estado. O selo "ISO TCHÊ", veio para confirmar a sua qualidade e autenticidade em tudo realizado. No início de 2003, podemos prestigiar o novo CD "Alma de Pampa", (22º CD), mais um trabalho gravado pela gravadora ACIT, com toda originalidade do tradicionalismo gaúcho.
OS MONARCAS - 30 anos de Estrada, com 23 grandes sucessos regravados rendeu ao grupo mais um Disco de Ouro (o 3º conquistado), que foi entregue em uma grande festa, em Erechim (na terra d´OS MONARCAS "como é chamada") no mês de novembro de 2003, pela vendagem de mais de 100 mil cópias. Já no início de 2004, veio à indicação ao Prêmio TIM DE MÚSICA, onde OS MONARCAS ficaram entre os três finalistas de todo o Brasil, na categoria grupo regionalista. O CD Só Sucessos está nas lojas com uma aceitação do público imensa, várias músicas lindas, mas uma em especial "O VENTO", não tem quem não goste.
Em abri de 2005, OS MONARCAS, receberam mais um Prêmio de PERSONALIDADE REGIONAL - TROFÉU LUCAS VEZZARO - no Clube do Comércio em Erechim/RS. Neste mesmo ano, em agosto, tiveram a participação no PROGRAMA RAUL GIL, divulgando a música gaúcha para todo o Brasil. Os músicos, além de interpretarem seus grandes sucessos, participaram do quadro do "Banquinho", onde os artistas brincam e concorrem a um prêmio simbólico em dinheiro. Essa experiência foi extremamente positiva. Foi um sucesso a participação d´OS MONARCAS no RODEIO DE BARRETOS/SP, na "NOITE DA VANERRA" e também uma excelente experiência.
Os Monarcas receberam do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Estado da Cultura, o TROFÉU CULTURA GAÚCHA/2005 na categoria destaque musical no dia 26 de outubro em Porto Alegre.
O 4º Disco de Ouro da carreira pelo CD 'SÓ SUCESSOS', receberam em uma linda festa dia 14 de Janeiro de 2006, no CTG Galpão Campeiro, em Erechim, com a presença de mais de 1.500 convidados, fãs e amigos. Tour EUA em Maio, OS MONARCAS mostraram para os Norte-Americanos a música tradicionalista do sul.
As apresentações em Revere (Bosto) no Clube Lido, e no CTG Distante da Minha Terra em Newark (Nova Jersey), foram um sucesso, o público dançou ao som fandangueiro d´OS MONARCAS.
É de se notar que este grupo, caracterizado especialmente por um ritmo de conotação alegre, fandangueiro, evolui paralelamente à música regionalista gaúcha, mas sempre mantendo seu estilo tradicionalista. Com 33 anos de estrada, o trabalho do Conjunto OS MONARCAS, com 26 CDs é um depoimento à causa gaúcha. Cada obstáculo resultou numa transformação positiva e a trajetória do grupo, numa efetiva contribuição à música regionalista do sul do país.