Encilho o baio cabos negros a capricho
Faço cambicho nas rédeas da mocidade
Deixo no ar o aroma da glostora
Levo na espora o tinir da liberdade
Foi dura a lida na semana que termina
De relancina já me chuleia o domingo
Sábado à noite há o convite pra fuzarca
Vou espalhar a minha marca nesses bailes de gringo
Já no caminho dou um beijo na cangebrina
Par estivar a velha sina que há muito me acompanha
E na chegada debaixo de uma ramada
Dou a ultima empinada no meu tônico de canha.
Cheia de manha choraminga uma pianada
Se descamba a gargalhada dos pacholas no recinto
E o chinaredo entre poeira e cordeona
Com tranco de redomona desperta o meu instinto.
No entreveiro que amanhã vai dar lambança
Enquanto o fole balança aparto uma da manada
Dessas parceiras de fogão e de tarimba
Que faça alguma mandiga e me aparte das gauderiadas.