Fim de semana quero esgualepar o mondongo
Vou de porongo nas enchentes de percanta
Das vezes alguma pode querer se afogar
E eu vou salvar numa boca a boca na bailanta.
Me agrada muito saracoetar na campanha
E da braganha, cafunsear um coração
Eu tenho alma tapada de pega-pega
Que não renega um rebordeio de salão.
Então me aranho e me desmancho a vanerão
Onde o galpão d chão batido é minha casa
Não tem um índio que eu conheça no rio grande
Que os eu sangue pra um xixo não abra as asas.
A gaita velha vai colcheando um floreio
Pra este rodeio a lusque-fusque de lampião
Onde as prendaças vão mostrando sua graça
Pra os índios taura se coçar e dá de mão.
E bem assim segue o farrancho da peonada
Com a madrugada na garupa das esporas
Que vai surrada que nem couro de pandeiro
No entreveiro pra sinuelo da aurora.