Cresci com poeira nas ventas dos bailes de chão batido
Guapeando frio e tormenta pra te cordeona no ouvido.
Por isso que eu não acerto no tal tranco embatucado
Sou tarado por vanera
Mas o facho e fumaceira meu deixa o zóio encandeado.
Vanera do tempo veio essa eu danço até maneado
Arrodeando pros dois lados num trancão de ir pra roça
Pelo ronco da cordeona já me atraco corcoveando
E saio me chacoalhando quem nem gordo em carroça.
Dou trabalho pro gaiteiro desde o começo até o fim
Pois no estilão galponeiro danço até “rasga” o carpim
Pode “encordoá” só as bem boa que eu já me destrincho no pé
Mesmo que eu dance feio
Rebolado e sarandeio, isso eu deixo pras muié.