Quando é dia de domingo, encilho meu pingo e saio a passear
Garboso num tipo faceiro, cruzo no povoeiro, dou o que falar
As velhas vão batendo guizo, fazendo improviso pra filha escutar
Que gaudéiro esquisito, esse é do tipo de não se casar
Mas eu que gosto de namoro,
Onde é livre o choro nesta coisa boa
Nem ligo se alguém me defama
Ou até me chama de um tipo à toa
Quando é dia de festa, de chapéu na testa tapeado me chego
E eu me sento lá num canto, preparo um banco de arreio e pelego
No meio da algazarra, vou fazendo farra com os meus amigos
Nunca me falta uma china, pra dobrar a esquina abraçada comigo
Mas eu que gosto de namoro...
Eu acredito que a vida, é pra ser vivida colhendo o amor
Por isso que faço retoço, enquanto sou moço e tenho vigor,
Porque depois de eu ficar fraco, e virar num caco, não ter mais valia
Vão falar do mesmo jeito, que eu sou um sujeito já sem serventia
Mas eu que gosto de namoro...