Rancho de leiva e capim
Bem lá no fim, no fim da estrada
Pra se chegar só a cavalo
Cruzando valo e a encruzilhada.
Lá quando a gaita solta num tranco
Um limpa banco de encher o salão
Até as paredes entram na dança,
Tudo balança num vanerão.
Que baile Bueno, Branco e moreno
Ranchinho cheio até o gargalo
Clareia o dia e não termina
Ninguém escuta cantar o galo
Meio encostado num alambrado
Bem sacudido pela tormenta
Ali o Rio Grande se perpetua
A muitas luas, firme se agüenta.
Até o brilho do candeeirito
Baila bonito no arrasta-pé
Parece até que chama acesa
Vai sarandeando num chamamé.