Esses seus cabelos brancos
Foram os trancos desbotados de luar
Envelhaceram de penas nazarenas
que se arrastam pra cantar.
Documento que apresento como prova desta sova
Em que o tempo sempre foi meu capataz
Nessa mala de garupa trago anseios
Bem alheios aos que roubei da tua paz.
São de amores estas preces que te canto por encanto
Quando a aurora dos teus dias me festeja
Linfa e bela morredoura nave lusa
Minha musa que a poesia do meu verso canta e beija
Queira deus que a primavera florescida
Desta vida brote sempre na pureza do teu jeito
Pra que eu posso replantar todos os dias
Sinfonias que pra ti guardei no peito.