Francisco Castilho / Oscar Soares
Vanera
Quando abro minha gaita toco nela com vontade
Ele encaixada em meu peito me entende barbaridade
E o chinaredo se agita que nem lambari de sanga
E a canseira que se vai pras cucuias e as pitangas
E puxo o fole e empurra o fole
E o vai e vem da acordeona
Puxa sempre pro lado
O olhar de algum dona.
No teclado da minha gaita não tem descriminação
As brancas junto comas pretas tem a mesma entonação
E o fole velho garboso num ronco de bugio macho
Levam notas e cantigas para o compasso dos baixos.