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Baile de Ramada

Os Mateadores

Quatro esteios para as "toscas" mata olhos
De chão batido que nem eira pra feijão
São imagens criativas dos campairos
Que deram origem ao nosso carramanchão

O Marcolino pucha o zaino frente aberta
Atira as garras e se bandeia pro outro lado
De rancho em rancho convidando a gauchada
Para o fandando com gaiteiro afamado

Pena que o tempo galopeia sem parar
E lá adiante pode ser o fim da estrada
Talvez não tenha um baile desses campeiros
De chão batido de baixo de uma ramada

A lua cheia vem chegando sem convite
E as estrelas se apresentam temporonas
O João quati da uma "sova" na pandeiro
E a rapaziada vai se enchando as queredonas

Uma vanera penetra fundo na alma
E a gauchada se enleia de paixão
O mestre sala anuncia o fim do baile
Se vai a noite com ela uma ilusão

Pena que o tempo galopeia sem parar
E lá adiante pode ser o fim da estrada
Talvez não tenha um baile desses campeiros
De chão batido de baixo de uma ramada

Pena que o tempo galopeia sem parar
E lá adiante pode ser o fim da estrada
Talvez não tenha um baile desses campeiros
De chão batido de baixo de uma ramada

Composição: Luiz Goldinho / Zulmar Benites





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