Ao deixar minha querência eu confesso que chorei
Sai percorrer o mundo e nunca mais lá voltei
Meu São Francisco de Paula quanta dor eu já senti
Como dói esta saudade vivendo longe de ti.
Por ser um peão vira mundo eu vivo de pago em pago
Lembrando a velha querência e o gostoso mate amargo;
Não esqueço um só momento aquele povo sem luxo
De São Francisco de Paula lá no Nordeste gaúcho.
Quero voltar pro meu pago para tomar chimarrão
Quero de novo dançar nos fandangos de galpão;
Quero encilhar novamente o meu cavalo corisco
E galopar com orgulho nos campos de São Francisco.
Quando eu chegar na querência vou debruçar sobre o chão
Quero beijar o capim do meu querido rincão
Por que a saudade malvada para mim foi uma aula
Nunca mais te deixarei meu São Francisco de Paula.