Quando ouço um oh de casa e o latido do meu cão
É um amigo chegando pra provar meu chimarrão
Lhe recebo com carinho e lhe deixo bem a vontade
Pra ele sentir o calor da minha hospitalidade.
Assim me sinto peão,
Assim me sinto feliz
Levando atada nos tentos
A vida que eu sempre quis
Depois de um baile campeiro se o sono me der trabalho
Amarro o pingo na soga e durmo sobre o orvalho
Sentindo a brisa da noite acariciando no meu rosto
Sentindo o cheiro do campo da queimas do mês de agosto
Na fazenda o meu trabalho é gineteada e castração
Tiro o leite e corto o pasto e cevo o mate pro patrão.
Assim vou levando a vida um dia após o outro
Riscando o queixo na espora e quebrando queixo de potro.