Darci Lopes / Agostinho de Sá
Os Filhos do Rio Grande
Samba Campeiro
Eu tenho uma saudade que me aperta o coração
Do meu cachorro campeiro e do meu pingo gavião
Saudade das tropeadas dos meus tempos de peão
Hoje eu canto de saudade da minha velha profissão.
Eu deixei de ser campeiro para ser um cantador
Troquei a estrada de poeira por uma estrada de flor
De saúde hoje eu canto pra disfarçar minha dor
Cantando eu mato a saudade das tropeadas de amor.
Hoje eu vivo cantando foi o dom que deus me deixou
Mas eu canto de saudade dos tempos bom que passou
Tenho saudade da infância que para trás já ficou
Saudade do velho rancho que os anos já derrubou.
Mas quando eu ficar velho que minha voz fracassar
Vai coração via por luto, saudade vai me matar
Quero que rode meu disco quando a morte chegar
Quero morrer escutando este meu peito cantar.