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Doze Braças

Os Farrapos

Abre a porteira parceiro ao tranco venho chegando
Neste piquete da vida meus versos desencilhando
De à cavalo nesta rima potro que amansei um dia
E hoje troteia manco cabrestiando melodias.

Meu canto tem doze braças que atiro sobre este pampa
Em cada pago chegando boleia a perna e acampa.

Quando a peonada adormece cansada da dura luta
Por entre os pirilampos meu verso faz reculuta
Na hora que a galo canta meu peito explode também
São dois toques de alerta anunciando que o dia vem.

Trancei tentos de saudade com garras de amargos dias
Fiz um cabresto da noite pra palanquear poesias
No potreiro d aminha alma cavalgam velhas lembranças
E na voz do gaudério transmite amor e esperança.






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