Corre um frio pela espinha,
Vai começar a função
A coxia já esta quase à pinha,
Tudo a postos só nós é que não.
Com o fato novo e brillhantina,
Vê se o nó está bem assim
Bate muito mais que cocaína
Esta vida de camarim
Enquanto a nossa Azeitonette
Mete Rouge e Baton,
Toca o clique da Claquette,
E o qu'é feito do Marlon?
Tou com um foco mesmo em cima,
Será que me vou asguentar
Mas nada como essa Retina,
Que me ofusca mesmo sem olhar
Novo som, novo refrão,
Sempre nos vai dando algum
Será que vou para o panteão,
Ou vou para a vala comum
E nisso o povo é soberano,
É o tirano maior
Será que vai cuspir, dançar,
Fugir ou vai gelar de suor.
Pa ra pa pa
Pa ra pa pa,
Quando saímos em turné
Vestimos alama e sentimento
Só não os mostramos à toa
Para nos mantermos diferentes
De toda essa gente boa
Ganhamos o nome na lama,
Fizemos estágio nas ruas
Por isso façamos jus à fama,
Cantando sobre as mulheres nuas
Agora que a função chegou ao fim
Podemos respirar
É hora de embalar a trouxa
E toca a debandar
Pa ra pa pa
Pa ra pa pa,
Quando saímos em turné