As luzes dão para o sinal
O dia corre longo e um pouco normal
Pela noite fora, sem pensar
Tu és uma castiça de pernas pró ar
Eu sou o rei da borga, o deus da virtude
Um gajo mau com pouca atitude
O dia corre claro e pouco escuro
Um tiro pró ar, uma metáfora, um furo
Porque sou assim?
É difícil, é difícil ser normal
Capricha bem na sola siga urbanizar
Império Intendente como vou lá parar?
Do bairro para a cova, da cova pró lar
Sim sim senhor há mistério no ar.
Chega a mão ao bolso em busca dum cigarro mais maduro
Eu tenho o que precisas num formato mais duro
A rua é minha casa, eu vim pra ficar
Silêncio já não pega diz-me onde virar.
Porque sou assim?
Já fugi daqui
É difícil, é difícil ser normal
Composição: Diogo Borges / António Santos / Afonso Alves