Eu por cá, fui o maior dos vencedores.
Mas já não dá, agora só um perdedor,
E sobra um, um no final.
Mas é rara a cara que me faça ver,
Quem sou.
A vida parte,
E eu não sei,
O lado bom
De ser ninguém.
Do sangue vai,
E porquê?
O lado mau
De ser alguém.
E quem não quer ser
Como eu,
Afinal?
Trocar o sonho de ser
Como tu,
Mas porquê?
Agora,
Discorda
Soubesse eu,
Mudar.
A noite chora
O que o dia rouba
E eu fico sem
Poder ouvir.
O tempo esgota
E o espelho gosta,
O meu reflexo
Na memória.
Tocar a pele,
Trocar a pele
Pois eu só quero ver
como tu no final.
Tocar a pele.
Agora sou o primeiro a saber,
A parte, o pedaço, a quimera
Do teu ser.
Resta ver quem ficou p'ra ver
Mas eu sou a discordia do final feliz.
Agora,
Discorda
Soubesse eu,
Mudar.
Composição: Afonso Alves, Diogo Borges, António Santos, Guilherme Baptista