Quando eu abro a minha gaita e corro os dedos no teclado
Faço qualquer mulher velha se recordar do passado
Dos filhos da minha mãe o mais bonito sou eu
Beiço grosso e nariz chato tudo que bonito é meu.
Quando eu largo a minha voz que salta firme da goela
Velha de sessenta anos se pinta e vem pra janela.
Eu tive uma namorada que era um verdadeiro apelo
Tinha um nariz de bata e sem nenhum fio de cabelo
Quem quiser casar comigo vai ter muito que aprender
Três dias vai passar fome, quatro ou cinco sem comer.
Eu namorei uma moça mais bonita ninguém acha
Tinha uma perna de pau e as orelhas de borracha.
Quando eu vim da minha terra com fama de valentão
Apanhei de um aleijado e bati num cego a traição
Na minha primeira briga eu enfrentei um covarde
E levei tanto do tapa que até hoje ainda me arde
Na maior briga que eu fiz dez valente eu diverti
Enquanto um me batia, nove morriam de rir