Eu tenho saudade dos tempos passados
Dos campos dobrados lá do meu rincão
Na terra molhada coberta de orvalho
Na cinza e borraio e do fogo de chão
Eu tenho saudade do pago distante
O sol agoniante e do raio de luz
Da estrada de pedra sem rastro, sem nada
Ao longe encravada solita uma cruz.
Eu tenho saudade do pago distante
Das tardes quietas, do céu todo azul
Eu tenho saudade do rancho de outrora
Do nascer da aurora, rio grade do sul