Lenço e pala acenando, olhar firme na estrada
Um chapéu velho quebrado sobre a testa enrugada
Bem assim fui me sumindo numa tarde ensolarada
Ao deixar de vez por todas a minha querência amada.
Fui andando protestando, pois quem vai não volta atrás
O destino de um homem se busca e não se faz
Sai buscando o destino pela invernada da vida
Cortando atalhos na sorte sem direção definida
Qual sinuelo sigo em frente peito aberto contra o vento
O rastro do meu destino se apagou ao pó do tempo.
Já soube do fio da morte num sonho meu que morreu
Mas não sei da andar da sorte da vida que deus me deu
Sei de cor luas e datas, obedeço ao coração
Sigo fugindo a procura de alguns sim, de algum não.