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Balcão da Venda

Orquestra Contemporânea De Olinda

Retalho de seda
Vestido de linho
Toalha de mesa
Pérola de brinho

Bordado de renda
Linha polivé
No balcão da venda
Linha pra croché

Cordão de barbante
Trancilin de ouro
De hoje em diante
Sandália de couro

Ela faz colcha de retalho
Costura, vestido de renda
A velha trabalha tanto
Três dias ela emenda

Sexta, sábado e domingo
Bebe e fica serena
Ela passa a noite toda
Bebendo no balcão da venda

Se levanta cedo
Se desaba o mundo
Se mata de medo
Se morre de susto

Se lhe vale a sede
Se lhe rasga a lenda
Se ela gasta a vida
No balcão da venda

Não quer aliança de ouro
E nem casar pra ter problema
Quer um vestido de chita
E um perfume de alfazema

Passa a noite no forró
Bebendo no balcão da venda
É frequesa que alegra
Não deve ao dono da venda

Se levanta cedo
Se desaba o mundo
Se morre de medo
Se mata de susto

Se lhe vale a sede
Se lhe rasga a lenda
Se ela gasta a vida
No balcão da venda

Não quer aliança de ouro
E nem casar pra ter problema
Quer um vestido de chita
E um perfume de alfazema

Passa a noite no forró
Bebendo no balcão da venda
É frequesa que alegra
Não deve ao dono da venda

Ela faz colcha de retalho
Costura, vestido de renda
A velha trabalha tanto
Três dias ela emenda

Sexta, sábado e domingo
Bebe e fica serena
Ela passa a noite toda
Bebendo no balcão da venda

Composição: Juliano Holanda e Maciel Salú





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