Chorei,
Silencioso a minha dor carpi
O mal de ter-te um grande amor
A vida para mim
Tem sido atros, arpia
Não tive em minha vida
Um só momento de alegria
Chorei,
Chorei a minha desventura
Lancei-me
Então no abismo da amargura
Só porque tu não soubeste
Compreender o meu coração
Condenaste uma existência
A eterna solidão
Na mansão tristonha
E solitária da dor
Sou tal qual um monge
Quem professa a resignação
Hoje na desventura
Esquecer procura este amor
Essa dor cruel
Como só sabe ser a dor de uma paixão
Nas tardes invernosas
Quando ouço o canto crepuscular
Dos pássaros canoros
Que trazem vida a minha solidão
Sinto uma furtiva lágrima a rolar
Despedaçando
O meu dorido coração...