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Metamorfose

Orestes

por sobre a neblina
surge o brilho do dia
o lampião da esquina
sua luz ainda irradia

entre as espessas paredes vive a suspirar
insiste em ser livre nas asas da imaginação
será o poeta um fato consumado? sabe lá...
sabe lá como o destino é sulcado na palma da mão

se ele pudesse saber como seria...

mundo à fora, sua boa hora
pois em seu o tempo a história tudo desvendará
e a aurora em cima da hora
soprando um vento de glória lhe festejará
(na luz do sol) como a borboleta doida na varanda
(na luz da lua) como a lagarta tonta no quintal

Composição: Orestes Dornelles de Dornelles





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