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Arrasadora

Orestes

a Cantora arrasou
não sei como ela pode ser assim tão inocente
um canto doce que azeda de repente
quando ela canta, não tem jeito, a casa treme
a gente bufa, se espanta, a gente geme, ai

postura firme, ares de profissional
regaça as mangas, mete os peitos, vai à luta
mas as pessoas olham em volta, passam mal
se ninguém dança, é porque ninguém desfruta, né?
se Deus dá o dom, e depois cobra o preço

quem que dá o tom, desde o fim até o começo?
Porque uns choram tanto , tanto e outros vendem lenço?
quem ouve, sofre, não relaxa, fica tenso

a Cantora dá o tom
e ela é batuta do cabelo até o sapato
mas qual é o tom? Antônio não, é desacato...
será que o Jerry percebeu o desafio?
danado é o tom desse felino que se ouviu: - inhau!

o Tom é o gato chato que fugiu do rato
que deu barato, já roeu o que te resta
uma zoeira à-toa, aquela voz de trapo
fez todo mundo se abanar logo da festa, ah!

para onde ir, vamos lá, não interessa
sim, vamos fugir, vamos nos mandar depressa
pra qualquer lugar que seja bem longe daqui, e
levar conosco o caro professor Darcy

a Cantora arrasou
mas a paciência acabou... (acabou!)

Composição: Orestes Dornelles de Dornelles/Risoma Cordeiro Lopes Filho





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