Dourada abelha da ironia
Guizo de alegria que traz saudade
Na sedução em que vivi
Não pressenti perversidade
E na tua boca de serpente
Trescalando rosas do Oriente
Bebi um dia, este veneno que inebria
Foi teu olhar
Foi teu sorrir
Foi teu pisar
Que me fez sentir
Que me fez chorar
Que me fez vibrar
Eu sou na vida, por meu mal, sentimental
Tu no delírio do prazer, a rir
Passas por mim, só para me ferir
Deste meu sofrer
Ria quem quiser
Vivo por ti , mulher.
Meu violão
É o cofre em que guardei
Esta ilusão
Do tempo em que te amei
Hei de chorar, perdido assim de dor
Cantando um sonho, hei de morrer no horror
Nesta solidão, sem consolação
Chorando meu amor.