Nessa cidade de contrastre sou mais um integrante
Vivendo o caos do município de fazenda rio grande
Pra quem chega de boa na paz merece respeito
Pros firmeza sou onz, pros outros sou sujeito
Base penetrada na mente, rima armada até os dente
É batida que explode na face de quem não entende
Não sente a sensação do som que bate no peito
Pros firmeza sou onz, pros outros sou sujeito
É daquele jeito, até umas hora, sempre correria
Tensão no iguaçu, no gralha azul, ou santa terezinha
O pequeno município vira terra de gigantes
Nesse som que vem direto de fazenda rio grande
A mídia não divulga, a violência é cultura
Não vira mais manchete, é só nota e sepultura
Viciado ladrão, para o busão de arma na mão
Muito grito, palavrão, multidão se deita no chão
Dá pinote do bote e já era, volta pra favela
Tá devendo não paga, toma chumbo, é só vela
A tela de lcd da lg no terminal
Não resolve a falta de leito dentro do hospital
Nessa cidade de contrastre sou mais um integrante
Vivendo o caos do município de fazenda rio grande
Pra quem chega de boa na paz merece respeito
Pros firmeza sou onz, pros outros sou sujeito
Frase letal, corta o pescoço como navalha
Merece medalha quem vive de salário migalha
Natal de alegria, mansão toda enfeitada de luz
Na rua faz fila na quadra no aguardo do sus
Faço o sinal da cruz, no caminho de dia
De noite o poste que queima, é só deus que me guia
Só bagulho bolado do lado do guarda fardado
Na esquina tem um muleque que avisa do enquadro
Bate geral na criançada que brincava de bola
E libera os noiado de bora, sonata, corolla
Paz sem voz é medo, mas quieto sou mais seguro
Que a proteção a testemunha que me mata no futuro
Não importa a carteira assinada sou sempre suspeito
Se a bombeta é quadrada, já impera o preconceito
Armado daquele jeito de frase de efeito
O flagrante tá no bolso do sujeito reeleito
Nessa cidade de contrastre sou mais um integrante
Vivendo o caos do município de fazenda rio grande
Pra quem chega de boa na paz merece respeito
Pros firmeza sou onz, pros outros sou sujeito
Bandido cruel, faz planta do banco, estuda sistema
Troca de turno de vigia, tá tudo no esquema
Melhor que cinema, a realidade que insiste
Larga a bolsa de cinco quilos só de dinamite
Na explosão é dinheiro que voa pela calçada
Da fuga no carro comum de placa clonada
Na estrada, policia disfarça e recebe um malote
Dá trote, libera o flagrante e foge pro norte
Na pista clandestina destino bolivia de avião
Trocado por fuzil, munição, granada de mão
Deixa um milhão pro comercial da federal
Mostrar no jornal das 8 como os home é mau
O dinheiro te seduz diz que te ama na cama
Te amarra com a grana poe alcool e usa lança-chama
O corpo encontrado queimado na valeta
Marca o fim da tragetória, vida loka de treta
História do passado, de escravos do paraná
Na província conhecida como terra do guairá
Arrancavam indios das casas pra garimpo de ouro
Mão de obra barata na terra do tesouro
Latifundiários expandiam as terras do estado
E brigavam, era a famosa guerra do contestado
Na busca por el dourado, chicote na sola sem dó
De indios tupi, guarani, guaianaz, carijó
Colonizadores fizeram familias, fundaram cidades
Atravez de escravos catequizados por padres
20 Anos atrás, donos de fazendas gigantes
Dividiram as terras pra mais de 100 mil habitantes
Nessa cidade de contrastre sou mais um integrante
Vivendo o caos do município de fazenda rio grande
Pra quem chega de boa na paz merece respeito
Pros firmeza sou onz, pros outros sou sujeito
Nessa cidade de contrastre sou mais um integrante
Vivendo o caos do município de fazenda rio grande
Pra quem chega de boa na paz merece respeito
Pros firmeza sou onz, pros outros sou sujeito
