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O Anjo (poema)

Onildo Barbosa E Seus Cabras da Peste

Eu sou um corpo invisível
Que percorre o mundo inteiro
Me ver nunca foi possível
Sou Honesto e justiceiro
Não sou pobre nem sou rico
Aonde chego não fico
Sigo em frente, sou veloz,
Onde é necessário eu vou
Ninguém nunca me tocou,
Nem ouviu a minha voz.

Sou da idade da vida
Sem religião nem seita,
Minha ação é percebida
Todo mundo me respeita
Norte, sul, leste e oeste,
Vou como raio celeste
À qualquer parte do mundo
Sem pés, sem mãos e sem asas,
Visito milhões de casas,
Em menos de um segundo.

Se você não acredita
Vou descrever minha história
Matei Maria bonita,
No auge de sua glória
Matei Antonio Silvino,
O coronel Zé Rufino
Zé Ferreira, lampião,
Depois matei Padim ciço
E pra cumprir meu compromisso
Matei frei Damião.

Matei beata Mocinha
Famosa no ceará,
Irmã Dulce, Mãe menininha,
Tereza de Calcutá,
No Nordeste brasileiro,
Matei Jackson do pandeiro
Lindú, o rei da canção,
Sem deixar outro na vaga,
Matei seu Luiz Gonzaga
O nosso rei do baião.

Fui eu quem matou Homero
Confúcio Delcalião,
Matei brama, Buda, Nero,
Aristóteles e Platão
Matei Gregório de matos,
João batista, Pilatos,
Alexandre, Maomé,
Menelau, Pares, Helena,
Lázaro, marta, Madalena,
E a virgem de Nazaré.

Pra mim não tem importância
Se você é um doutor,
Um cientista, astronauta,
Ou um simples lavrador
Homem como BALDOINO
Do império Bizantino,
Calígula, Galba,, Crispim,
Ptolomeu, Desidério
Dário, Pompeu e Tibério
Todos tiveram seu fim.







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