Como quem sonha com sede
Cede à sedução dos anseios mais primordiais
Até as brechas mais vagas da imaginação
Mil artifícios conduzem o leigo à preguiça
Em cada imagem a máxima de um preconceito
Hordas de bárbaros mansos que a plenos pulmões
Difundem duas teses de taxistas
E o coração azul do pai palpita
E traduz o injusto com aplausos
Ao ver privilégios onde há direitos
Larvar abortadas no quintal de casa
Prosperam com o espólio incauto da safra
Formada por jovens mais velhos que eu
Minha nostalgia serve a isca
Instiga o fetiche, projeta uma cifra
No olho de vidro do ceo da empresa
Larvas abortadas no quintal de casa
Prosperam o espólio incauto da safra
Formada por jovens mais velhos que eu
Minha nostalgia serve a isca
Instiga o fetiche, projeta uma cifra
No olho de vidro do ceo da empresa
A fé que é cega
A seu defeito
O despreparo da polícia
A distração de ser artista
E a instrução da classe média
Média
Composição: Diego Scalada