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No Adeus a Jayme

Odilon Ramos

Est?e luto o Rio Grande.
Est?i?a poesia.
Velho Jayme, quem diria.
Que fosse t?de repente!
Um missioneiro, um valente,
um galo de tantas rinhas,
que com a coragem que tinhas,
encorajavas a gente.

Pois neste oito de julho,
at? sol se encobriu,
o dia ficou mais frio,
sem brilho, luz nem calor.
Corre um solu?de dor
nas Miss? Serra e Fronteira;
chora a quer?ia inteira,
a morte do pajador.

Jayme Caetano Braun,
muitos cantar?teus versos;
e os teus poemas dispersos
far?vibrar cora?s,
As tuas inspira?s,
velho fil?o xucro,
v?ficar rendendo lucro
dos cofres das tradi?s.

Parece que o Patr?Velho
gosta mesmo de poesia,
de festa e de cantoria,
pra seu entretenimento.
J?os levara o talento
do ppar?o, o Cenair...
O Noel teve que ir,
O Eurides, o Passarinho,
e pelo mesmo caminho,
manda o Jayme prosseguir.

Pois seja feita a vontade
do Patr?Velho divino,
?este o nosso destino:
Nascer, crescer e morrer.
Mas quem cumpre o seu dever
e engrandece o Pago Santo,
A saudade, lhes garanto,
n?vai deixar esquecer.

Ademais, fica com a gente,
a nos fazer companhia,
a beleza da poesia
que do cora? lhe veio,
Nas tert?s, nos rodeios,
sempre h?m taura de tutano,
pra lembrar Jayme Caetano.
Sem bu?, maneia ou freio.

Teu corpo vai para a terra,
tua alma para o infinito.
Vai fazer verso bonito
pra Deus e Nossa Senhora.
E o Rio Grande que ainda chora
a perda do teu valor,
pergunta a Nosso Senhor,
Por qu?e levou embora?

Quanto a mim que te devoto
admira? e respeito,
te pe?com muito jeito,
como ?mo favor,
que leve a cada cantor
ou poeta que foi pra l?
um abra?dos de c?
com carinho e com amor.

Abra?o Gildo de Freitas.
Sidnei Lima, Teixeirinha,
d?m abra?ao Formiguinha
e aos outros dessa irmandade.
E como eu sei de verdade
que ?ara l?ue tu vais,
d?m abra?no meu pai,
e diz que eu t?m saudade...

Composição: Odilon Ramos





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