Os que sobravam encostados no balcão
Ali permaneciam nos trabalhos
Em meio ao ar parado
Não se ouve tiros, não há estardalhaço
Bicho-gente, bicho-grilo, quero que se dane
Olhos de injeção
Gatos humanos espreitam
Choram mimados meu rango
Não dividiria com qualquer animal
Meu prato de domingo, a carne assada
É o principal
Mesmo um mendigo elegante da rua
Prato bonito ou feio, minha cabana, minha angústia
Meu escudo, minha hóstia
Meu escudo é minha hóstia
Sentia proteção infantil
Mas permanecia assustado
Acuado em situação-hiena
Não sou carne barata
Varejo imaginando, pedaço do atacado
Que pena...