Todos os pedaços não estão juntos,
Mas isso me parece normal.
Quando se encontram revelam,
Um formato desigual.
Já não somos mais os mesmos,
Só eu sei onde o calo dói.
Todo sol um recomeço,
Muitas mudanças não me reconheço.
Beijamos o futuro, mas somos o cão.
Celebre, seja a imperfeição.
E fique de boa, não há outra pessoa
Que mais queira o seu bem.
Em muitos caminhos morri,
De pouco em pouco soltei,
A criança na calçada,
O que era importante eu peguei.
Sempre a tarde eu percebo,
Que no silêncio é o lar,
Eu me pego sempre ao vento,
Revoltada onda do mar.
Composição: Bruno Bock